Facisc avalia 2022 e espera 2023 desafiador

22 de dezembro de 2022



A economia de 2022 foi avaliada pela Facisc com olhos otimistas. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu no segundo trimestre de 2022 e em relação ao mesmo período do ano passado. “O Brasil cresceu mais que os países do grupo das sete maiores economias do mundo (G7) e cresceu mais que a China no primeiro semestre de 2022. Ainda que o cenário político devido às eleições tenha sido conturbado, a economia deu sinais da retomada pós pandemia”, explica o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves. A inflação está em queda, bem como suas previsões. O nível de atividade vem surpreendendo positivamente e as projeções de crescimento para 2022 vêm sendo revistas para cima. A previsão de crescimento do PIB em 2022 está sendo elevada de 1,8% para 2,8%.

Outro dado destacado pela Facisc é a queda do gasto público de 26% para 18,7% do PIB e que a taxa de desemprego caiu de 14,9% para 8,9%, com a criação de mais de 17 milhões de novos empregos nos últimos dois anos.

Resumindo 2022, o Brasil está em pleno emprego, aumento dos investimentos privados, produtividade e PIB crescendo , inflação menor do que Estados Unidos, contas públicas no azul e pobreza em queda. “Superamos uma pandemia, uma crise hídrica e ainda vivemos uma guerra Rússia e Ucrânia”.

Para 2023

Já o ano de 2023 é visto pela Federação como desafiador. O cenário se desenha com uma grande preocupação com a dívida pública que pode saltar dos 77% do PIB para até 90%. “Isto é preocupante porque o Governo vai ter que criar linhas de crédito para fazer a economia girar e não estagnar conforme as previsões”, destaca Alves.

Por outro lado Alves não acredita em aumento de impostos, mas no aumento do gasto público como se desenha a PEC do Fura Teto e os aumentos com o Bolsa Família. “A PEC vai dar margem para gastos à vontade”, destaca com preocupação.

Para Alves, na esfera Federal muitas dúvidas pairam no ar. “Nosso histórico de Governo PT não traduz aquilo que precisamos: uma economia aberta e menos dependente da política. Temos grandes riscos de não conseguirmos avançar nas inúmeras conquistas que já tivemos em relação a reformas, concessões e privatizações”.

Para a Federação, o Brasil tem recursos naturais incalculáveis. O agronegócio brasileiro alimenta o mundo. “Não podemos correr o risco de perdermos nossas conquistas por falta de segurança jurídica e constitucional. Esperamos não passar por momentos de incertezas econômicas e políticas”, espera. Para Alves, o novo Governo Federal não vai ser um governo de contenção de despesas. “Vai querer mostrar que a vida ficou mais fácil, mais acessível ao consumo. Falsa ilusão porque a conta virá”.

Em Santa Catarina
A avaliação da Facisc para Santa Catarina é que o estado que se destaca no cenário nacional pela sua economia pujante, índices invejáveis, e pelo seu povo extremamente empreendedor, culto e trabalhador. “Mesmo com todas essas características, também temos as nossas deficiências, muitas delas por falta de investimentos federais. De tudo que repassamos ao Governo Federal não recebemos mais que 8% de retorno para investimentos na nossa infraestrutura”, explica Alves. Segundo a Facisc, as estradas federais são precárias e deixam a desejar no quesito segurança. Estão congestionadas e sem manutenção adequada. “Temos outras grandes necessidades de infraestrutura, como saneamento básico, carências em saúde e segurança, e tantos outros quesitos”.

Para a Facisc, em relação ao Governo Estadual, não há dúvida que será uma gestão por resultados, com secretários competentes e preparados para suas funções. “Tudo indica que o governador Jorginho possa ter resistência no contexto Federal por fazer parte de uma ala oposicionista ao Governo PT, mas sua habilidade política saberá contornar essas resistências”, analisa o presidente.

Para a Facisc a intenção e desejo é trabalhar juntos e estar unidos com o poder público na construção de uma sociedade catarinense cada vez mais próspera e justa.