Facisc é a favor do fim da tributação federal sobre incentivos fiscais estaduais

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) defende a rápida tramitação do PL 1009/24, que acaba com a tributação federal sobre os incentivos fiscais estaduais. Para a entidade, tributar os benefícios do ICMS (como a isenção ou o crédito presumido) com Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e com Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) fere o pacto federativo e prejudica a competitividade das empresas. O tema está em fase de análise nas comissões da Câmara dos Deputados e ainda precisa ser votado no Senado.

Desde 1º de janeiro de 2024, as empresas grandes, principalmente as que tributam pelo lucro real, estão pagando tributos para o Governo Federal sobre incentivos fiscais estaduais. É o que estabelece a Lei 14.789, aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de dezembro de 2023.

“A situação é crítica, pois não faz sentido cobrar tributos em cima de uma renúncia fiscal, que não é uma receita gerada pelas vendas da empresa, ou um montante que há no fluxo de caixa. Trata-se de uma cobrança sobre um valor que a empresa deixaria de pagar com tributos. Portanto, ou a empresa aumenta seus custos e perde competitividade, ou acaba passando esse aumento para o consumidor, prejudicando o poder de compra das famílias”, avalia o presidente da Facisc, Elson Otto.

Lei fere o Pacto Federativo – Além dos prejuízos econômicos e o aumento da carga tributária, ao tributar incentivos do ICMS, a lei também viola o Pacto Federativo, pois com ela a União está exercendo controle indireto sobre a política tributária estadual. “Fere princípios constitucionais fundamentais na autonomia e organização das unidades federativas do país, o que aumenta o cenário de incerteza”, explica o diretor Jurídico da Facisc, Thiago Cipriani.

Caso a empresa invista em ampliação da capacidade produtiva, há a possibilidade de apurar crédito de 25% em relação ao IRPJ, que pode ser passível de ressarcimento em dinheiro ou compensação de tributos. No entanto, há uma série de requisitos extremamente burocráticos que dificultam a aquisição do benefício pelas empresas, além do descompasso financeiro, pois a empresa precisa pagar primeiro o tributo sobre o benefício e só terá direito a ele num período posterior.

 

Em Santa Catarina, lei prejudica setores indispensáveis

Um levantamento do Centro de Inteligência e Estratégia da Facisc (CIE/Facisc) demonstra que as empresas de maior porte, que não tributam pelo Simples Nacional, são as mais afetadas pela nova lei. Em Santa Catarina, são as de comércio varejista (15,1 mil estabelecimentos), o comércio por atacado (6,3 mil empreendimentos) e o transporte terrestre (4,2 mil empresas), setores que atendem diretamente à população e, indispensáveis ao escoamento da produção catarinense para os portos e para o restante do país.

Na indústria, o setor de construção de edifícios (3,5 mil), que vem recuperando gradualmente sua produção após todo o cenário de juros elevados no setor imobiliário, é o mais prejudicado. O setor de confecção, com mais de 1,8 mil estabelecimentos, também vem tendo seus custos tributários onerados em um cenário de recuperação gradual com a concorrência desigual com produtos estrangeiros. Áreas que já sofrem impactos do elevado nível de seus custos de produção e ainda precisam arcar com mais custos tributários.

Ainda na indústria, as maiores exportadoras de Santa Catarina, do setor alimentício (com 1,6 mil empresas), que precisam ter seus preços competitivos internacionalmente, são prejudicadas com a oneração.

Expectativas da inflação de 2024 voltam a aumentar, após anúncio da Petrobrás

O aumento dos preços da gasolina e do gás de cozinha por parte da Petrobrás impactou na expectativa de inflação para 2024. No Boletim Focus do Banco Central (Bacen) desta semana, a previsão passou de 4% (na semana passada) para 4,05%.

Em contrapartida, a publicação prevê aumento no crescimento do PIB , agora de 2,15% para 2024. Conforme análise do Centro de Inteligência e Estratégia da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (CIE/Facisc), o valor foi estimulado pelo resultado da prévia do PIB para maio, calculado pelo próprio Bacen, que registrou crescimento mensal de 0,25%, mesmo com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.

Já o Real segue em desvalorização em comparação ao dólar, dado o aumento das expectativas para a taxa de câmbio de R$/US$ 5,22 para a R$/US$ 5,30. O resultado ainda reflete o cenário de incerteza fiscal no país, mesmo com o anúncio do corte de gastos do Governo Federal. Isso demostra a perda de credibilidade do mercado brasileiro em relação ao compromisso do governo de zerar o déficit fiscal em 2025.

O que é o Boletim Focus: Divulgado toda segunda-feira, o Boletim Focus resume as expectativas das principais instituições financeiras do país, coletadas na semana anterior à sua divulgação. O relatório traz o comportamento semanal do mercado brasileiro para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.

A economia catarinense foi a que mais cresceu, em maio

Resultado foi impulsionado pelo comércio e pela indústria, de acordo com o Centro de Inteligência e Estratégia (CIE) da Facisc

Entre os estados com maior PIB do país, Santa Catarina foi o primeiro colocado do ranking nacional da atividade econômica, em maio. Conforme pesquisa divulgada mensalmente pelo Banco Central, o estado teve um crescimento de 4,5%, em comparação ao mesmo mês do ano passado. São três pontos percentuais acima da média nacional (1,3%). Na segunda e terceira colocações estão, respectivamente, Goiás (com crescimento de 4%) e Rio de Janeiro e Paraná (ambos com 3,4%).

 

O bom desempenho do comércio e da indústria catarinenses, em maio, impulsionam o resultado. De acordo com o Centro de Inteligência e Estratégia (CIE) da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), o comércio cresceu 9,8%, o dobro da média nacional, em maio. O presidente da entidade, Elson Otto, destaca que o maior acesso ao crédito tem favorecido o setor, de forma geral. Isso contribuiu, inclusive, para que as famílias passassem a comprar bens duráveis, que demandam condições facilitadas de financiamento. Para se ter uma ideia, as vendas de veículos, partes e acessórios cresceram 25%.

O cenário de menor restrição monetária na economia também vem incentivando a indústria catarinense, que cresceu 5,8% (sendo que o país teve queda de 1%). A metalurgia liderou o crescimento do setor (28,2%), principalmente devido ao fornecimento para o restante do país de materiais para a construção de edifícios e às exportações de insumos, como tubos ocos de ferro e de moldes metálicos para a América do Sul.

 

O setor de equipamentos elétricos registrou crescimento de 22,6%, graças ao aumento do consumo nacional por eletrodomésticos e do crescimento das exportações de motores elétricos para os EUA e Itália e de transformadores elétricos para Colômbia e Canadá.

 

Crescimento da economia entre os maiores PIBs do país

 

Análise interanual em maio

. Santa Catarina: 4,3%

. Goiás: 4,0%

. Rio de Janeiro: 3,4%

. Paraná: 3,4%

. São Paulo: 3,1%

. Bahia: 3,0%

. Pernambuco: 2,8%

. Pará: 2,7%

. Minas Gerais: -0,1%

6° Módulo do PGVE na ACIRNE Aborda Sustentabilidade no Negócio

Nos dias 16 e 17 de julho, foi concluído o 6° módulo do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Vivência Empresarial (PGVE), em parceria com a Fundação Empreender, FACISC, UNISOCIESC e o Sicoob Credinorte. O curso contou com empresários, gestores e profissionais em busca de novos conhecimentos e estratégias para fortalecer suas práticas empresariais.

O PGVE é um programa de pós-graduação reconhecido pela sua abordagem prática e inovadora na formação de líderes empresariais. Conduzido pelo renomado professor Marcos Antonio Bonifácio, especialista na área de sustentabilidade corporativa, o módulo proporcionou dois dias intensivos de aprendizado e discussões sobre a integração de práticas sustentáveis nas operações empresariais.

“Este módulo do PGVE ofereceu uma oportunidade única para os participantes explorarem como a sustentabilidade pode ser um diferencial estratégico para as empresas”, destacou Adriano Huebner. “Nosso objetivo é preparar líderes capazes de promover mudanças positivas e sustentáveis em seus setores.”

O PGVE continua a atrair profissionais que buscam aprimorar suas habilidades de gestão e liderança, contribuindo para um desenvolvimento empresarial mais consciente e responsável. Com um currículo diversificado e palestrantes de alto calibre, o programa reafirma seu compromisso em formar profissionais preparados para os desafios do mercado contemporâneo.

Três Mesorregiões catarinenses estão entre as 20 melhores do país no Índice de Progresso Social de 2024

O município de Iomerê lidera o país no indicador de inclusão social, destacando-se na paridade de gênero na Câmara Municipal

Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Sul Catarinense estão entre as regiões do Brasil com a maior qualidade no atendimento das necessidades básicas da população, ocupando a 16ª, 18ª e 19ª colocações no Índice de Progresso Social (IPS) de 2024. Santa Catarina se destaca em segundo lugar nacionalmente.

O IPS avalia a capacidade das regiões em atender às necessidades básicas da população, fundamentado no modelo global desenvolvido pelo Social Progress Imperative, uma parceria entre o Massachusetts Institute of Technology (MIT), Harvard Business School e Fundación Avina. O índice, calculado desde 2013, é dividido em três grandes dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades, e totaliza 12 componentes.

“Esse resultado reflete a alta qualidade de vida em Santa Catarina, impulsionada pela diversidade produtiva e pelas oportunidades de emprego formal”, destaca Elson Otto, presidente da Facisc.

Pelo sexto ano consecutivo, Santa Catarina lidera o ranking nacional como o maior percentual de carteiras assinadas na economia. Na dimensão sobre fundamentos do bem-estar, as três mesorregiões destacaram-se em expectativa de vida, e ocupam as 2ª, 3ª e 4ª posições, respectivamente, atrás apenas do Distrito Federal.

Segundo a análise feita pelo Centro de Inteligência e Estratégia da Facisc (CIE), entre os 20 municípios com maior expectativa de vida, 15 são catarinenses, com Brusque, Blumenau, Balneário Camboriú e Rio do Sul, que ocupam as primeiras posições no ranking nacional.
Além disso, o mercado de trabalho no estado vem gerando oportunidades também para a mão de obra qualificada. A economia catarinense apresenta um dos maiores percentuais do país de pessoas que possuem carteira assinada e que finalizaram seus estudos em ensino superior, 7,1% da população, comparável aos 7,5% de São Paulo. Em 2012, esse percentual era de 2,9% da população e o estado ocupava a quarta colocação nacional. Entre os municípios, Florianópolis se destaca na terceira posição nacional nos subíndices de acesso ao ensino superior e empregados com ensino superior, assim como os municípios de Joaçaba, Indaial e Blumenau.

Oeste Catarinense é destaque nacional em oportunidades

Na dimensão de oportunidades do IPS, que abrange indicadores como direitos e liberdades individuais e inclusão social, o Oeste Catarinense ocupa a sétima colocação nacional. O município de Iomerê lidera o país no indicador de inclusão social, destacando-se na paridade de gênero na Câmara Municipal e na empregabilidade de mulheres com ensino superior. Mondaí também se sobressai, ocupando a segunda colocação nacional no indicador de liberdades individuais e de escolhas, especialmente no acesso à cultura, lazer e esporte.

Pontos de melhoria em Santa Catarina

Apesar dos avanços, a qualidade das moradias em Santa Catarina ainda precisa melhorar, especialmente nos quesitos de domicílios com iluminação e piso adequado. O estado não possui nenhuma mesorregião classificada entre as maiores posições nesse componente do IPS, somente o Sul catarinense na 40ª posição.

Para Otto, Santa Catarina continua a demonstrar seu compromisso com o progresso social e o bem-estar de sua população.

“Sabemos que ainda temos necessidade de melhorias em áreas específicas para alcançar um desenvolvimento ainda mais equilibrado e inclusivo, mas também ficamos animados e confiantes em termos reconhecidos nossos esforços”, afirma o presidente.

Protótipo Alpha: Urubici lança Câmaras Técnicas com foco na saúde, educação, social, infraestrutura e segurança

O município de Urubici, localizado na Serra Catarinense, avança na implementação do Protótipo Alpha PMSC Ordem Pública 5.0 com a criação de câmaras técnicas nas áreas da saúde, educação, social, infraestrutura e segurança. Os integrantes, formados por especialistas, foram indicados durante a reunião do comitê gestor local, que aconteceu na última sexta-feira, 12 de julho. Este avanço valida oficialmente a composição das entidades que integrarão os grupos e estabelece os temas prioritários de atuação no município.

As Câmaras Técnicas atuarão, em princípio, em duas principais frentes: saúde, educação e desenvolvimento social; e infraestrutura e desenvolvimento econômico. Na primeira linha de ação, o foco será em projetos de conscientização e iniciativas voltadas para a família. Os membros deste grupo serão convidados ao longo do mês de julho e atuarão de forma voluntária junto ao Protótipo Alpha PMSC Ordem Pública 5.0. Já a segunda trabalhará em programas de geração de empregos, preparação para oportunidades de trabalho e combate às drogas. Um destaque será a implementação de um sistema de videomonitoramento, com 10 câmeras já em fase de instalação no município.

A coordenadora operacional do projeto na região pela FACISC, Aline Nandi, destaca a importância desta reunião: “estamos comprometidos em fazer com que a comunidade se sinta mais segura, ligando o desenvolvimento econômico e social. Com as Câmaras Técnicas criadas aqui em Urubici e atuação de cerca de 40 voluntários junto ao projeto, vamos dar celeridade a um tema tão pertinente e importante na nossa região: a manutenção da Ordem Pública”.

Aline lembra ainda que, neste mês de julho, um fórum será organizado para dar continuidade aos trabalhos que seguem em Urubici até fevereiro de 2025. “Com a estruturação do comitê local e a criação das câmaras técnicas, Urubici está caminhando na criação de novas metodologias para fortalecer a segurança e o desenvolvimento comunitário, proporcionando um ambiente mais seguro tanto para moradores quanto para turistas”, pontua ela.

O comandante da Polícia Militar de Urubici, 2° Sargento Vagner Goulart, reforça que o Protótipo Alpha surge com o objetivo de implementar um modelo de gestão voltado à redução da desordem e da violência, articulado com o desenvolvimento sustentável.

“Na reunião pudemos discutir os pontos vulneráveis que impactam direta ou indiretamente a ordem pública do município. Após a análise do relatório de atividades, decidimos onde vamos concentrar nossos esforços e indicamos nomes de pessoas que possam contribuir para o projeto. Com certeza, as próximas reuniões serão muito proveitosas, pois ouviremos as opiniões desses novos integrantes que contribuirão com ideias para melhorar nosso município”, finaliza o 2° Sargento.

Importante destacar que, as Câmaras Técnicas ou grupos de trabalho, assim como serão chamadas em Urubici, estão ligadas ao comitê gestor do município, que é composto pela: Secretaria da Saúde, Secretaria da Assistência Social, Secretaria da Educação, Secretaria de Trânsito, Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Civil, Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL Urubici, Associação de Hotéis e Pousadas e Trade Turístico de Urubici – Pouserra, Associação Comercial e Industrial de Urubici – ACIUR.

O Protótipo Alpha PMSC Ordem Pública 5.0 é uma iniciativa da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), desenvolvido em parceria com a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), utilizando a metodologia DEL.

Por Comunicação Protótipo Alpha

Inclusão da proteína animal à cesta básica, na Reforma Tributária, beneficiará frigoríficos catarinenses

Facisc avalia positiva a isenção a carnes e peixes na proposta aprovada pela Câmara dos Deputados, contando que seja compensada por produtos e serviços que fazem mal à saúde.

A inclusão da proteína animal à cesta básica, no texto da Reforma Tributária aprovado na Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira (10), e sua consequente isenção de impostos, pode gerar efeitos positivos em SC, segundo análise feita pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). A alteração ao texto original beneficiará os frigoríficos catarinenses, especialmente de suínos e de frangos, que são grandes players no mercado mundial.

Conforme análise do Centro de Inteligência e Estratégia da Federação, o setor de abate é um dos que mais emprega no estado, com cerca de 90 mil funcionários contratados com carteira assinada, atualmente.

Essa desoneração irá reduzir os custos de produção nos frigoríficos e incentivar investimentos na ampliação da capacidade produtiva, repercutindo tanto no crescimento das exportações, como no fornecimento para as famílias brasileiras e a geração de empregos”, avalia o presidente da Facisc, Elson Otto.

Alguns tipos de peixes também terão isenção tributária, o que da mesma forma beneficia o setor produtivo em SC. O estado é líder nacional na produção de peixes mais tradicionais (que são os que devem ser beneficiados), responsável por um quarto da produção do país.

A entidade é a favor de regimes tributários diferenciados, caso seja compensado por outros meios, como a tributação de produtos e serviços nocivos à saúde e ao bem-estar da população a serem incluídos no Imposto Seletivo, como foi o caso de jogos de azar.

Bares e restaurantes – Outra alteração contemplada nas modificações do texto da Reforma Tributária foi a não cumulatividade para bares e restaurantes, atividades com estreitas margens de lucros e que não contarão mais com o benefício do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Serviços (Perse) a partir de 2027.

Facisc aciona senadores catarinenses para que empresas do Simples não sejam prejudicadas com Reforma Tributária

Após a aprovação da Regulamentação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira (10), a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) enviou ofícios aos senadores catarinenses sugerindo algumas mudanças ao texto. Entre elas, alterações nas proposições referentes ao Simples Nacional, que têm potencial de prejudicar a competitividade das empresas optantes pelo regime.

Segundo o presidente da Facisc, Elson Otto, 168 mil estabelecimentos optantes pelo Simples poderão ser afetados em Santa Catarina, o que representa 64% do total de SC. “Por isso, a entidade defende a alteração do texto original”.

Comercializar com empresas do Simples não será mais vantajoso a corporações que tributam por outros regimes, como lucro presumido e lucro real, porque terão direito a menos apropriação de créditos tributários. O texto em votação propõe que o valor da apropriação de crédito tributário seja limitado ao valor da arrecadação simplificada. Com isso, o crédito repassado ficaria menor em relação ao montante que ocorre atualmente, além de muito inferior em relação aos créditos presumidos de quem não opta pelo Simples.

A economista da Facisc, Mariana Guedes, explica que, da forma como está a proposta, as empresas do Simples perderão competitividade. “Quando uma empresa optante do Simples for comercializar com uma que tributa pelo lucro real, ela irá fornecer créditos a essas empresas num valor muito inferior, na casa dos 7%, enquanto uma que tributa fora do Simples poderá oferecer em média 26,5%”.

Com isso, empresas que se mantiverem no Simples Nacional (para ter alíquota reduzida) repassarão um crédito bem menor do que suas concorrentes que não optam pelo Simples. Estas empresas que hoje optam pelo Simples, para não perder parcerias comerciais, provavelmente terão que adotar um regime fiscal híbrido, com alíquota maior de tributação e mais obrigações acessórias, para que possam oferecer mais créditos a seus parceiros de negócios. E para manter a competitividade em termos de créditos tributários, terão de onerar significativamente seus custos com maior pagamento de alíquota.

Importantes para a população – Segundo os dados levantados pelo Centro de Inteligência e Estratégia (CIE) da Facisc, a maior parte destas empresas atendem diretamente às necessidades básicas da população: 28% são do comércio varejista, 8% dos serviços de alimentação, 7% do comércio e reparação de veículos automotores e 7% do transporte terrestre. Na indústria, são quase 6 mil estabelecimentos do setor de confecção, 3,6 mil de produtos de metal e 3,2 mil do setor alimentício. De janeiro até maio de 2024, empresas optantes do Simples Nacional acumularam R$ 28 bilhões de créditos tributários ativos em Santa Catarina. Este é o quarto maior valor do país (atrás somente de SP, MG e RJ).

Cerca de metade desses créditos pertencem ao comércio e à indústria de transformação. Este problema se somaria à atual falta de atualização dos limites de faturamento do regime do Simples Nacional, que há mais de seis anos impede que mais empresas se beneficiem do regime tributário. Sem contar que muitas empresas aumentaram seus faturamentos em virtude do aumento dos preços, e não de seus lucros, e não puderam desonerar seus custos por não se enquadrarem no limite do Simples Nacional. Na semana passada, o Governo Federal descartou a atualização desses limites, associado às preocupações com a redução do seu déficit fiscal.

Reforma administrativa – O presidente Elson Otto explica que, aliada às modificações no texto da Reforma Tributária, a Facisc considera imprescindível a tramitação da Reforma Administrativa, para que ocorra tanto a redução da carga tributária, como do déficit fiscal. Há diversas distorções em várias categorias do serviço público, que acabam aumentando a alíquota média atual dos tributos à população. Apesar da redução esperada de 34,4% para 26,5% com a Reforma Tributária, a alíquota média do Brasil será ainda uma das mais altas do mundo. “A Reforma Administrativa é crucial para a redução dessa alíquota média”, assinala o Otto.

Palestra Gratuita – Dificuldades para a Sucessão Familiar

 Dificuldades para a Sucessão Familiar

Palestrante: Marcos Antonio Bonifácio, professor do PGVE Turma IV Rio Negrinho

Data: 17 de julho ( terça-feira)
Horário: 8h00
Local: ACIRNE

A sucessão familiar é um dos desafios mais complexos enfrentados pelas empresas familiares, exigindo planejamento cuidadoso e uma compreensão profunda das dinâmicas internas e externas que influenciam o processo. Para ajudar empresários e gestores a superar essas dificuldades, convidamos você a participar de uma palestra gratuita com Marcos Antonio Bonifácio.

Sobre o Palestrante

Marcos Antonio Bonifácio possui um currículo extenso e diversificado, combinando sólida formação acadêmica com vasta experiência profissional e acadêmica. Ele é:

Doutor em Ciências Ambientais pela UNESP-Sorocaba;
Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela UNIARA-Araraquara;
Especialista em Engenharia de Produção pela UNESP-Bauru;
Bacharel em Administração pela UNIARA-Araraquara.

Desde 2003, Marcos Antonio Bonifácio atua como professor universitário, coordenando cursos de graduação e pós-graduação em diversas instituições de ensino superior, incluindo a FATEC-JAHU, uma instituição pública do Estado de São Paulo, e a FAAG, uma instituição particular do interior paulista. Ele também coordenou um MBA Internacional em Angola pela FAAG e atualmente é Vice-Diretor na FATEC-JAHU.

Além de sua carreira acadêmica, Bonifácio é Avaliador do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis) pelo MEC e possui mais de 25 anos de experiência na área industrial, tanto no Brasil quanto nos EUA. Sua expertise abrange planejamento, elaboração e gerenciamento de projetos, gestão industrial, e certificação de qualidade ISO-9000, atuando inclusive como Auditor Líder credenciado pelo ANSI-RAB americano.

Conteúdo da Palestra

Nesta palestra, Marcos Antonio Bonifácio abordará os principais desafios da sucessão familiar, oferecendo insights valiosos sobre:

Planejamento estratégico da sucessão;
Gestão de conflitos entre gerações;
Estruturas de governança para empresas familiares;
Ferramentas e técnicas para uma transição eficaz;
Exemplos práticos e estudos de caso.

Público-Alvo:

Empresários, gestores, membros de empresas familiares e todos aqueles interessados em entender e superar as dificuldades associadas à sucessão familiar.

Inscrições:

A palestra é gratuita e as vagas são limitadas. Garanta já a sua inscrição e prepare-se para transformar a sucessão na sua empresa familiar.

Contato para Inscrições:

Inscrição através do nosso WhatsApp (47) 3644-2131.

Não perca esta oportunidade de aprender com um especialista renomado e garantir a continuidade e prosperidade do seu negócio familiar!

Núcleo de RH recebeu a visita da equipe do SEST SENAT E SESI SENAI

Na manhã desta terça-feira, 9 de julho, o Núcleo de Recursos Humanos da ACIRNE promoveu uma reunião que contou com a participação de representantes do SEST SENAT e do SESI SENAI. O encontro teve como objetivo explorar novas oportunidades de parcerias e discutir temas relevantes para o desenvolvimento das empresas associadas.

Durante a reunião, a equipe do SEST SENAT apresentou suas iniciativas e serviços, com um foco especial na área de psicologia. Eles destacaram a importância do suporte psicológico no ambiente de trabalho, ressaltando como a saúde mental dos colaboradores é fundamental para a produtividade e o bem-estar geral das empresas. Foram discutidos programas de apoio psicológico e possíveis colaborações para oferecer atendimento especializado aos funcionários das empresas associadas à ACIRNE.

Paralelamente, os representantes do SESI SENAI abordaram questões ligadas à Aprendizagem Industrial, enfatizando a necessidade de capacitação contínua dos profissionais para atender às demandas do mercado. Eles apresentaram dados de uma pesquisa recente sobre a demanda da indústria local, identificando áreas com maior necessidade de mão de obra qualificada. Além disso, foram discutidas possíveis ações conjuntas para promover a formação técnica e profissional dos jovens da região, preparando-os para ingressar no mercado de trabalho com as competências exigidas pela indústria.

Outro ponto importante da reunião foi o planejamento do Mês dos Núcleos, um evento anual que reúne diversos setores e empresas. A equipe da ACIRNE e os representantes presentes discutiram a programação do evento, que incluirá palestras, workshops e sessões de networking. A intenção é criar um espaço propício para o intercâmbio de ideias e a construção de parcerias estratégicas, fortalecendo a atuação dos núcleos setoriais e promovendo o desenvolvimento econômico e social da região.

A reunião encerrou com um clima de otimismo e colaboração, com todos os presentes comprometidos em trabalhar juntos para implementar as ideias e propostas discutidas. A ACIRNE reafirmou seu compromisso em apoiar as empresas associadas, oferecendo recursos e oportunidades para o crescimento sustentável e o fortalecimento do tecido empresarial de Rio Negrinho.